Quero meu café servido às oito horas
Preparado com presunto e ovos.
À uma hora quero um bife bem passado
E jantar depois, ao fim do dia.
Quero uma casa super moderna
Com telefone em cada quarto:
Carpetes macios no chão,
E lindas cortinas nas janelas.
Um cantinho agradável, com belas peças
Como, por exemplo, poltronas de almofadas macias
E comprarei um pequeno aparelho de tevê,
E obviamente, “Escolherei com cuidado ao que vou assistir”.
Também quero que meu guarda-roupa
Seja muito bom, da melhor qualidade,
E tudo na última moda.
Por que um crente não pode ter o que há de melhor?
Mas aí ouço do Mestre a voz
Dizendo claramente, em tom firme:
“Vem e segue-me:
Sou aquele humilde homem de Nazaré”.
“As aves do céu fazem ninhos,
E as raposas tem covis;
Mas eu não posso te oferecer-te nem uma cama;
Nem lugar tenho para descansar a cabeça”.
Envergonhado, inclino a cabeça e choro.
Como pude desprezar o Senhor crucificado,
E esquecer o modo como ele viveu,
As noites insones que passou em oração?
Ficou quarenta dias sem nada comer,
Jejuou sozinho, noite e dia;
Desprezado e rejeitado, contudo não desistiu,
E não se deteve enquanto o véu não se rasgou.
Um homem de dores, e de tristezas,
Sem amigos terrenos para confortá-los
“Ferido de Deus”, disse o profeta _
Achincalhado, chicoteado, traspassado, seu sangue verteu.
Se ele era Deus e morreu por mim,
Qualquer sacrifício, por maior que seja,
Eu, um mortal, posso fazer,
E farei, só por amor a Jesus.
Sim, caminharei pelo caminho em que ele andou,
Pois nenhuma outra vida agrada ao meu Deus.
Portanto, daqui por diante esse é meu anseio,
Meu desejo por toda a eternidade.
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